terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sobre o ano de 2009

O ano de 2009 foi essencialmente estranho. Meus anos, geralmente, são repletos de reviravolta, como mudanças de cidade, emprego, ou de faculdade, mas nada tão esquisito como foi este ano.
Vamos ao que se passou.
Em janeiro de 2009, estava tudo excelente. Eu estava noivo, tudo aparentemente ia bem. Veio um resultado não tão esperado de um vestibular (para o qual não havia estudado e fiz a prova bêbado, claro, mas isso não contamos), mas relevei. Fui convencido de que o exército era a melhor solução para que "nosso" casamento pudesse rolar, e na primeira oportunidade, fui até o quartel reafirmar meu desejo de estar naquela instituição. Estava tudo lindo.
Em fevereiro, veio o primeiro baque. Por algum motivo muito escroto que os visitantes deste blog estão carecas de saber, meu noivado acabou e aquela pessoinha sumiu no mundo. Fudeu geral. Me prometeu que voltaria quando estivesse tudo bem, e tentei aceitar. Fui para uma nova faculdade e comecei uma nova fase da vida acadêmica, tentando superar a perda. Entrei em depressão, contudo, e comecei a me transformar num cara bem mau-humorado.
Em março, segui a vida estranhamente. Parei de ter notícias sobre aquela pessoa, mesmo procurando a todo o custo. Comecei a me destacar na nova faculdade e publiquei meu primeiro artigo naquele meio.
Em abril, minha avó favorita faleceu. Foi dura a perda. Apareceu, também, aquela pessoa que se tornaria a minha mais querida e mais especial de todas.
Em maio, estava decidido a me matar. Depois de muita coisa, uma legião de pessoas (encabeçadas pelo meu salvador pessoal, que não é Jesus Cristo), me dissuadiu desta besteira e decidi recomeçar minha vida com um novo objetivo: me vingar.
Em junho, nada de excepcional aconteceu, exceto um encontro que mudou, digamos assim, a minha vida. É, foi algo de excepcional.
Em julho, comecei a programar minha mudança de cidade. Havia cansado de Salvador e estava na hora de novos ares.
Em agosto, o exército me promoveu. Estava irritado, por um lado, porque não entrei exatamente por querer meu. Por outro lado, o poder que duas estrelas no ombro e uma arma me conferiam...
Em setembro, estava tudo quase certo: iria para Petrolina em outubro, resolver meu problema. Me convenci que o certo não era uma vingança, mas um acerto de contas que resolveria todo o meu problema interno (não faria esta pessoinha filha de uma puta pagar pelo que me fez, contudo).
Em outubro, fui para Petrolina. Depois de tudo ajeitado, a procurei e tive a conversa derradeira, que terminou em socos e pontapés violentos. Valeu a pena, descarreguei toda a minha raiva e percebi que não havia mais porque me vingar, e nem porque sentir absolutamente nada. Descobri, também, aquilo que sempre suspeitei: não havia sido nada mais que um boneco. Sinto pena do namorado dela, mal sabe o que ela o fará, como fez comigo. ;-P
Em novembro, foi hora de me preparar. Vieram provas que mudariam meu destino e decidiriam bastante meu futuro, se eu permaneceria à sombra do exército ou se eu faria uma nova carreira. Comecei o processo de transferência para uma nova faculdade (pública) e processos de vestibular, que culminariam em dezembro. Muito sol na cabeça, muito calor, e ainda ando tentando me acostumar com a idéia de Petrolina, do sertão e da falta dos meus pais. Sorte que tenho alguém para me ajudar a respirar (e aliás, que me tem sido a motivação para respirar, muito mais do que a ajuda).
Em dezembro, até agora, só D'us sabe o que acontecerá. Veremos os próximos capítulos.
(A propósito: obrigado pelas quase duas mil visitas!)

3 comentários:

Anônimo disse...

Lembrei aqui de Bethânia: "Mas o importante é perceber que a nossa vida em comum depende só e unicamente de nós dois".


^^

Tibério disse...

"Você me acusa e só me preocupa..."

;)

Soneto Corpóreo disse...

Quando achamos motivação pra tudo é que estamos vivendo.
^^