sábado, 19 de setembro de 2009

Já não consigo dormir há seis meses.

Já não consigo dormir há seis meses. Tenho de trocar o horário pelo qual me cansa mais, tudo isso pra extenuar minha cabeça e deitar tranquilo no travesseiro, sem pensar naquele amor que me aflige.
Descobri tanta coisa nojenta, fui tão enganado, que o Brasil inteiro - e provavelmente, de acordo com o ClusterMaps - a Irlanda, a Inglaterra, a Bélgica, a Alemanha, a Polônia, a Índia, os Estados Unidos e a Colômbia sabem que não vale a pena sofrer mais assim. Engraçado mesmo é a mentira que escuto todas as vezes que troco três ou quatro palavras no telefone, em que eu tenho que ouvir que eu fui o enganador, naquele joguete típico de um assaz esperto psicopata. É uma coisa absurda, mas eu ainda acato, só por mais um motivo: em vinte dias exatos, será a minha vez de desentalar tudo do fundo da minha garganta, sem restrições, com o olho colado no olho. E eu teria muito medo. Teria, porque minha voz é grave e pesa todo o horror do que vivi. Teria, porque sou grande e pra estapear este alguém, é um passo só.
Mas, apesar de todo o ódio, e de todo o mundo saber que não vale a pena, eu ainda amo. Eu não sei porque, e talvez só D'us saiba, porque ele talvez acredite que seja do meu merecimento padecer de amor por todas aquelas pessoas que padeceram de amor por mim. Eu me sinto a pior das pessoas do mundo, e o mais subestimado de todos os seres. E este ato de me sentir subestimado, e de ser subestimado (sim, acho que cada um percebeu o quão sou subestimado e me tornei masoquista), me desespera.
Me desespera ser subestimado porque, sinceramente, conheci pouquíssimas pessoas com a minha inteligência. Idem, quanto ao meu conhecimento. Poucas pessoas tem o meu charme; outras raras, tem a minha beleza deveras exótica, mas ainda assim bela e atraente. Não vi muitas pessoas por aí com o meu carisma, e tampoco com o meu humor e meu refinamento. Que dizer, então, da minha lida excepcional com as pessoas? Poucas vezes conheci alguém tão atencioso e carinhoso como eu, e isso é com qualquer um que me dirija de forma sensível a palavra.
Não é complexo de Napoleão, nem complexo de inferioridade. Isso tudo é o resultado do que acarreta o envolvimento com algum psicopata por aí. Tomem muito cuidado com esses tipos que assolam o nosso convívio, ou em breve estarão igual a mim.
Juro nunca ter sido tão sincero em toda a minha vida, mas precisei fazer este desabafo. É isso.

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