segunda-feira, 12 de outubro de 2009

"Não sou um grande, mas só peço que não me tirem o sol."

Contar-vos-ei como acabou a história.
Eis que chegaram as horas do derradeiro encontro, aquele que me livraria de toda a mágoa e de todo o sentimento ruim que me abateu por, ao menos, oito meses. Foi uma caça ao tesouro difícil, mas cheguei lá.
Primeiro, foram horas de perseguição. Fui até a Universidade Federal conhecer o ambiente onde eu atuaria logo mais à noite. Depois, fui até a Universidade Estadual, onde parei o carro e ali esperei por, ao menos, duas horas - nada feito. Pela noite, tentei descobrir - junto com uma legião de amigos - onde ela se escondia, pegando um endereço que semblava ser verdadeiro.
Fomos até a casa, onde paramos por horas. Disseram que a pessoa com o nome dela não se encontrava lá, e sim na Universidade (ela não estava na Universidade). Ficamos certos de que ela morava lá.
No dia seguinte, a minha legião saiu atrás dela. Fomos até aquela casa, onde descobrimos que, na verdade, aquela pessoinha morava em outra. Fomos então, em disparada, para o cortiço (sim, ela morava em um cortiço) onde ela vivia. Tempo passava mais, descobrimos que ela não estava.
Fui a uma festa. De lá da festa, passei-lhe uma mensagem perguntando: "onde você está exatamente agora? Temos de conversar". Ela ligou em seguida, tentando fingir não saber quem a ligava, e recebeu em retorno: "diga onde você está que vamos conversar agora". Primeiro, ela aceitou o encontro. Depois, disse que ia encontrar o namorado na hora e não podia.
Fui para a Orla da cidade vizinha, em Pernambuco (ali era Bahia). Tomando umas cervejas, recebi a seguinte ligação, dizendo: "vamos nos encontrar agora. Estou no terminal de ônibus da outra cidade". E lá, fui.
Chegando lá, a encontrei. Disse-lhe tudo que eu queria, até que eu obtive a confirmação, vinda da boca desta criatura, de que eu fui só um brinquedo, só um joguete, e que ela faria isso que me fez com quantos mais quisesse. Então, disse-lhe que a conversa havia terminado, dei uns passos a frente e retornei, contando-lhe que ela levaria uma surra.
Foram uns socos que ela levou, uns socos muito bons. Depois, veio seu namorado defendê-la, apanhando também. No final das contas, meu óculos quebrou, mas valeu o sangue que verteu dela.
Recebi mil e quinhentas mensagens de ameaça, e mais umas trocentas dizendo que eu havia perdido aquela criatura pro novo namorado. Recebi outras, dizendo que me entendia (ele, o namorado novo), porque ele também a amava e talvez fizesse o mesmo, mas que não era pra seguí-la outra vez. Por fim, resolvi respondê-los com a seguinte mensagem: "olha, já tive exatamente o que eu queria. Estou mais que satisfeito. Desejo a vôcês felicidades, e que deem certo, sem cruzar meu caminho. Como diria Diógenes, "não sou [um] grande [filósofo], mas só peço que não me tirem o sol". Favor não me ligarem mais ou mandar mensagens".
Acabou ali a história. Enterraria a história logo em seguinte, jogando o escapulário que ela havia me dado no meio do rio São Francisco. O amor, o ódio e qualquer sentimento foram juntos com aquele escapulário. Agora, só me resta seguir a minha vida e concretizar todos os meus planos e sonhos.
Um muito obrigado a todos que me toleraram e me suportaram enquanto essa história corria.

Um comentário:

Tibério disse...

Adrenalina pura. E a legião louca e "trouble" de amigos, sempre estará disposta a ajudar. Afinal, "o apreço não tem preço".