domingo, 16 de agosto de 2009

Um desabafo muito especial sobre mim: acabou. Acabou mesmo.

Assaz cretino sempre fui, desde meus catorze anos, quando surgiu o primeiro relacionamento. Abandonei a vida confortável num colégio repleto de conhecidos, onde estudava, para ir estudar em outro colégio completamente estranho e ficar com a pessoa que eu amava. Ah, eu lá fiquei, apesar de todos os desconfortos daquelas pessoas completamente desacostumadas à vetusta disciplina castrense e ao pandemônio dos colégios de filhinhos de papai. Tudo, claro, por causa de alguém.
Este alguém - alguém filho-da-puta, pessoa miserável, sem escrúpulos - me traiu com um grande amigo da sala (!) e, insatisfeito, com a melhor amiga da sala (!), demonstrando uma bissexualidade completamente desconhecida até então. Eu, grande corno que fui, abandonei aquele colégio e, com o rabo entre as pernas, não podendo mais retornar à minha amada instituição de outrora, me mudei para um outro colégio.
Foi-se aí o meu primeiro amor. Grandinho, não grande amor. Sofri por meses. Depois de encontrar esta pessoa numa conversa entre amigos, e esta pessoa simplesmente ter me ignorado solenemente, o meu sentimento passou, minguou, e passou a ser completamente insignificante na minha vida - eh, meu coração tem umas reações deveras estranhas quanto ao amor. Depois deste relacionamento, houveram outros pouco dignos de nota, que não citarei.
Daí, veio outra pessoa. Assaz cretino que sou, acreditei veementemente no sentimento e me entreguei ao relacionamento. Meses passados, descobri que, outra vez, havia sido chifrado três vezes, inclusive havendo um caso paralelo ao relacionamento. Terminei, tendo perdoado a posteriori e retornado.
Insatisfeita a pessoa com toda a canalhice, um mês depois de retomado o relacionamento, convido-a para sair: ela disse que não ia. Então, resolvi sair e... Saí, mesmo, para uma festa, no intuito de acompanhar um, até então, bom amigo. Chegando no local, encontro a pessoinha canalha dançando com sua prima. Tentei beijá-la uma vez, e ela vira o rosto. Tentei beijá-la outra vez, e ela vira o rosto de novo. Perguntei o que havia, e ela disse que nada queria mais, e estava ali para ficar com outras pessoas. Tudo bem, outro baque.
Houveram outros relacionamentos dignos de nota depois, mas não os contarei.
Daí, veio finalmente um grande amor. Conheci num grupo de discussões que eu chefiava. Conversa vai, conversa vem, nasceu um sentimento dentro de mim. A coisa foi forte, a pessoa inclusive me fez prometê-la em casamento (e depois, fui descobrir que me deixou porque a família não gostava: vejam quanta incoerência, não enfrentou a família por alguém que se casaria, não?). Um belo dia, cansada de muitas coisas - inclusive, do desgosto de sua família por mim - resolveu me abandonar e sumir no mundo, não sem antes dizer que retornaria quando tudo se estabilizasse.
Hoje, finalmente depois de seis meses, tivemos uma conversa - motivada pelas minhas postagens que, incrivelmente, esta pessoa lia. A primeira conversa foi bem desagradável. Disse parte do que tinha para dizer, inclusive do meu sentimento de raiva e nojo. A segunda conversa, eu fui finalmente sincero: disse que a amei até hoje, e talvez ame até amanhã ou depois: logo, a esquecerei, como aconteceu com o primeiro amor e o segundo amor. ASSAZ CRETINO eu fui, mas assaz cretino não serei mais.
E caso leias alguma vez de novo isso aqui, como fizeste, eu tenho algo a te dizer: perdeste uma grande oportunidade de ser feliz ao lado de alguém que poderia te dar todo o amor do mundo. Perdeste a oportunidade de entrar, também, pra uma família que te receberia como uma verdadeira parte dela. Perdeste uma oportunidade de não ter uma vida medíocre, como a que terás doravante, e de viver em completo júbilo - apesar de algumas desarmonias. Pudeste ser feliz. Pudeste.
Desejo sinceramente que alguém possa te fazer feliz neste mundo como eu poderia ter te feito. Desejo. Mas duvido muito, e acredito, em nome de todos os Santos, que até Ele duvida.
Mas D'us é muito sábio, e eu nunca duvido da sapiência do Senhor. Ele sabia, acima de tudo, que não é de teu merecimento ter alguém como eu que, apesar de todos os erros e desparates, é uma fonte infinita de amizade, carinho, generosidade, compaixão e amor.

2 comentários:

Tibério disse...

"...alguém como eu que, apesar de todos os erros e desparates, é uma fonte infinita de amizade, carinho, generosidade, compaixão e amor." Disse tudo. :D

Anônimo disse...

Tibério parece-me um tanto quanto suspeito em seu ponto de vista no que se relaciona vossa pessoa, Capitão. Será mesmo que és tudo isso que dizes ser?