terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dois amantes felizes não têm fim nem morte

"Dois amantes felizes não têm fim nem morte
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza". (Pablo Neruda).

Afinal de contas, por mais que doa, que corroa, que demore, que seja necessário que suplantemos nosso orgulho e nossa certeza e total confiança da nossa verdade, haverei de te perdoar, haverás de me perdoar, haveremos de nos perdoar. Até que venha a próxima. E na próxima, será assim também, ainda que mais doído seja o mal que me faças ou que eu te faça. É natural que o amor sempre carregue aquele bouquet, aquele terroir de paixão. E que nos lembremos que paixão não é só prazer - paixão carrega em seu sentido original dor e sofrimento.

Mas haveremos de nos amar até depois que a morte nos separe, por que ainda que nos separe, haverá de nos reunir outro dia. E quando nos reunir de novo, recomeçaremos do zero, neste mesmo ciclo de nascer e morrer, de amar e odiar. O amor é assim. Se não fosse, não teria graça.

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