sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sentimento revolucionário e administração pública não combinam!

Todo mundo adora sentir palpitar no coração algum sentimento revolucionariozinho. Se sentir parte de um grupo que subverte a ordem das coisas é um sentimento bacana: assim, se compreende o porque tantos emos, tantos playssons, tantos grupinhos que por aí vão.

Esse sentimento de associação a um grupo é fantástico, de verdade. Contudo, devem existir alguns limites: os seus interesses de autossatisfação não devem passar por cima do direito de todas as outras pessoas. E é esse o perigo real quando você vê palpitar nos coraçõezinhos de estudantes universitários esse sentimento, se associando em torno de uma chapa que pretende administrar uma universidade.

É bom ser punk, é bom ser emo, é bom ser o que quer que seja. Mas devemos ter a seriedade de perceber o que é o melhor. E é nesse esquema que estão funcionando as eleições pra reitor e vice-reitor da minha universidade.

Um grupo pretende continuar no poder, consolidando a construção da universidade - que é muito jovem, aliás, mas já tem um mundo de cursos e de prédios. Um outro grupo pretende fazer um experimento na Universidade, usando essas táticas de associação: dizem que "pretendem" promover uma revolução, que vai acontecer a primavera universitária (uma alusão cretina à primavera árabe, que sequer é uma primavera: substituíram uma ditadura por outra), mas na verdade, não vão fazer muito mais que destruir e virar de ponta a cabeça na Universidade.

Como eu gosto de dar conselho, se tem algum leitor meu que estuda no mesmo lugar que eu, perceba: vamos votar sério pra conseguir se formar tendo um banheiro decente pra usar, livros pra estudar e uma cadeira pra sentar (coisa que não tem em universidades federais de "ponta", como a UFBA). No dia 9, vamos votar na chapa 2, pra que a Univasf continue valendo alguma coisa.

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